domingo, 22 de agosto de 2010

O LÚDICO COMO MELHORIA NA TERCEIRA IDADE

O processo de envelhecimento ainda é pouco conhecido, porém o desgaste do organismo com o passar dos anos é inevitável deixando o homem mais suscetível a doenças. A prática de exercícios físicos é essencial em todas as fases da vida e será ainda mais importante na “Terceira Idade” onde há uma perda de aptidão física e conseqüentemente de saúde.
Entretanto, é fato que a expectativa média de vida vem sofrendo um acréscimo. Isto se dá, devido à melhora da qualidade de vida, que pode ser definida como a satisfação harmoniosa dos objetivos e desejos de alguém, além de implicar numa idéia de felicidade, ou seja, a ausência de aspectos negativos, e uma velhice tranqüila é o somatório de tudo quanto beneficie o organismo, como por exemplo, exercícios físicos, alimentação saudável, espaço para o lazer, bom relacionamento familiar, etc.
A hidroginástica é um tipo de lúdico, é uma atividade física, realizada dentro da água de piscinas aquecidas ou não, com exercícios aeróbicos, danças com objetivos recreativos, caminhadas, alongamentos, relaxamento, etc. Essas atividades apresentam baixo índice de lesões, além de descontrair os adeptos, permitindo melhorar a qualidade de vida de seus praticantes. Essa modalidade surgiu na Alemanha, atendendo inicialmente às necessidades de um grupo de pessoas idosas que precisavam praticar uma atividade física que não causasse riscos ou lesões nas articulações e que lhes proporcionasse bem–estar, físico e mental.
Por outro lado, no Brasil a hidroginástica começou há alguns anos e atualmente está sendo muito divulgada e praticada por pessoas da “Terceira Idade”. Nesta fase da vida deve–se ter como meta a aceitação da idade avançada, a atividade física constante para manter a vitalidade e disposição necessária para a execução das tarefas do dia–a–dia, a atividade mental e intelectual para entender e avaliar o mundo que está ao redor e o convívio social para exercitar, com prazer, todas essas habilidades. A hidroginástica é uma das modalidades mais adequadas ao idoso, primeiramente devido às condições que o meio líquido proporciona – especialmente o baixo impacto. E secundariamente – mas não menos importante – é uma atividade que vai proporcionar muito prazer a uma pessoa que geralmente é tímida por estar abandonada, sentir–se inútil (não pode mais trabalhar), sentir–se mal amada, sentir–se velha. A hidroginástica trabalha muito o aspecto motivacional, fazendo com que o idoso se solte, não tenha vergonha do corpo e ao mesmo tempo esteja em contato com ele. O referido trabalho tem por finalidade estudar o brincar na hidroginástica, enquanto instrumento facilitador de reorganização psíquica para a pessoa da “Terceira Idade”, possibilitando–lhe viver com mais harmonia e satisfação no âmbito pessoal, familiar e social.

Considerando–se que a “Terceira Idade” é um assunto que nos últimos tempos está adquirindo uma ênfase maior em nossas vidas, que o referencial sobre esta fase da vida ainda é um tanto escasso e com o objetivo de verificar a influência da atividade lúdica (física) no comportamento do idoso, concluiu–se que: os idosos estão procurando cada vez mais os grupos de atividade, não só por recomendação médica, mas também por acreditarem que nessa fase da vida eles precisam mais do que nunca, estarem de bem com a vida, vivendo–a plenamente.
Com isso, os idosos acreditam que seu tempo de lazer está sendo bem aproveitado, pois além dos meios de comunicação eles também praticam atividades físicas, passeiam e prestam serviços comunitários o que os faz sentirem–se úteis, ativos, alegres e rejuvenescidos.
Com a idéia de "Terceira Idade", a velhice se dissolve no comportamento de "novos velhos". A idéia de que a velhice é um investimento cultural sobre um processo biológico faz parte dos novos modelos de gerir a experiência de envelhecimento que se "desnaturaliza" e, tornando–se maleável, passa a ser vivida como um estilo de vida.
Com isso a experiência de envelhecimento tende a ser vista como uma opção individual frente a um leque variado de produtos e serviços, e não mais uma imposição inexorável do passar dos anos. Essa visão cada vez mais permeia as práticas dos que envelhecem as disciplinas que se voltam para seu estudo e as iniciativas destinadas à população idosa. Ao mesmo tempo, surgem cada vez mais recursos e discursos para negação dos efeitos do envelhecimento.
Por isso, o envelhecimento útil e feliz não pode ser apenas um mito. Cabendo a sociedade a responsabilidade de redefinir, sócio e culturalmente o significado da velhice, possibilitando a restauração da dignidade para ser esse grupo etário. Cabe a cada idoso o compromisso de lutar, pois se a sociedade inventou a velhice, devem os idosos reinventar a sociedade brincando.

4 comentários:

  1. Adorei teu blog, parabéns pelo belíssimo trabalho!!!
    Bjss, Fernanda

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  2. a sociedade de hoje, estão cada vez mais se concientizado de que precisa envelhecer com qualidade de vida pois, somente com alegria de viver serão prolongados os dias de muitas pessoas; a alegria de viver proporciona o motor da vida.

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  3. Obrigada pela visita! É importante que muitos se preocupem com a qualidade de vida no envelhecimento, só assim este envelhecer se fará diferente!

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